quarta-feira, março 30, 2005

Aquele do cartão de crédito

Este final de semana descobri que existe agora um cartão de crédito evangélico. Oh, Pai, que mais falta inventarem? Fico pensando como ele deve funcionar? Fiquei imaginando o slogan:
"Cartão de crédito evangélico: paga as suas compras, paga as suas contas e ainda paga a sua entrada no céu!"
Sem anuidade, apenas o 10% do dízimo que já vem automaticamente no boleto bancário.
Imagina na hora do dízimo os fiéis, na já tradicional fila, tendo que depositar na cesta os comprovantes de pagamento do boleto.
Mas claro, há aqueles que esqueceram de pagar. Para estes não tem problema, provavelmente a Igreja disponibilizará o débito automático para pagamento do mesmo.
Este mundo tá perdido.

Aquele do ...




Sumi, eu sei. Não tava a fim de escrever sobre nada. O motivo todos sabem pelo post abaixo, realmente estava mal. Para falar a verdade ainda não estou muito bem, ainda sinto um vazio de vez em quando. É como diz a música: "Saudade já tem nome de mulher, só pra fazer do homem o que bem quer...". Mas ficarei bem, sim, eu tenho certeza. Não foi e nem será o primeiro término de namoro do mundo nem o primeiro coração partido do universo, meio piegas, eu sei, mas o amor é piegas e a falta dele é mais ainda. Mas a vida segue...

segunda-feira, março 21, 2005

Aquele do vazio

Quando ela disse: “Queria te ver novamente”, eu também queria.
Quando ela disse: “Eu te adoro”, eu sorri.
Quando ela disse: “Eu quero ficar com você”, eu sentia o mesmo.
Quando ela disse: “Eu te amo”, eu também a amava.
Quando ela disse: “Vamos ficar sempre juntos”, eu acreditei.
Quando ela disse: “Acho que precisamos dar um tempo”, o meu mundo desabou.
Quando eu disse: “Por quê?”, ela já havia se afastado...
Uma angústia
Um sufoco
Um frio
Um vazio, seco, oco, morto...Muito vazio.

quinta-feira, março 17, 2005

Aquele da busca por emprego

Branco, pobre, suburbano e desempregado


Ontem rodei atrás de emprego, fui distribuir curriculos pela cidade em plena greve de ônibus. Onde eu estava com a cabeça quando eu tive esta infeliz idéia? Não sei, achei que a cidade estaria mais vazia. Bem, provavelmente meus neurônios estavam deitados e ociosos, se escondendo do sol, à sombra da minha piamáter na hora em que pensei isto, fazer o quê?

Pra começar só havia vans e kombis pela cidade. Fiquei uns 20 minutos esperando até aparecer uma van que estivesse vazia. Logo após entrar na van e ficar feliz por ela estar vazia, do nada, surgem milhares de pessoas querendo entrar também. Eu crente que faria meu trajeto sossegado, sem ninguém me apertando neste Saara que é o Rio de Janeiro, alegria de pobre dura pouco. Começaram a me espremer e uma mulher muito feia sentou do meu lado. Nada contra ela ser feia, quem sou eu pra dizer isso de alguém, mas feia e fedendo não pode e não admito! Aquele calor, todo mundo suava só de ficar parado e esta mulher não teve a capacidade de passar um desodorante para sair de casa? Só ficava pensando em como entregar currículos daquela maneira, pois sairia mais fedido que ela se continuasse no mesmo lugar na van. Logo o pessoal que estava do outro lado dela desceu e pensei: “Bom, agora ela vai chegar pra lá, tá muito quente para ficar grudado nas pessoas e vou poder respirar aliviado”. Quem me dera! A mulher continuou grudada em mim e eu me abanando, de propósito, com os currículos para poder respirar e falando “Pô, está um cheiro estranho, né?”, mas ela nem se tocava, só concordava. Enfim, desci puto da vida e fedendo, mas como eu ia pra academia após esta maratona, eu carregava uma camisa extra na mochila, resolvi usá-la e fui ao banheiro do shopping pra trocar.

Cheguei no banheiro pensando: “Enfim, vou lavar meu rosto e trocar esta blusa”. Fiz isto tudo e quando fui me secar não havia papel, eu mereço. Não basta ser branco, pobre, suburbano e desempregado, eu tenho que sofrer mais. Só havia aquelas secadoras de ar quente, meti minha cabeça debaixo de uma delas, porque eu que não ia me enxugar no único pano que eu tinha e que era a camisa que estava fedendo depois da van.

Saí de lá e fui rodar pelas clínicas e hospitais do bairro. Tudo corria bem até que entrei numa determinada rede de clínicas onde fui atendido pela recepcionista.
- Boa tarde!
- Boa tarde, eu sou fisioterapeuta e queria deixar um currículo aqui, vocês aceitam?
- Ah tá, você é estagiário?
- Não, fisioterapeuta.
- Ah então, estágio em fisioterapia?
- Não, já sou formado.
- E quer estágio? – espanto.
- Não, eu quero emprego remunerado e com carteira assinada! – já estava perdendo a paciência.
- Ah tá, deixa eu receber seu currículo.
- Toma.
- Ah, tem que ter foto colorida no cantinho.
- Quê??
- Tá sem foto o seu currículo. – ela apontava pro “cantinho”.
- Não se usa mais currículo com foto, eu não vou trabalhar na recepção, não! – já estava desistindo.
- Então tá, toma. – ela me devolveu.
- Não vai ficar com ele?
- Não adianta entregar aqui, tem que ir à Copacabana às 6hs neste endereço. Aqui a gente não pode fazer nada. – Ela disse com calma.
- Fala sério! – porque ela não falou logo???
- Boa tarde!
- Bah.

Depois de várias currículos entregues, resolvi comer alguma coisa e ir para casa, já estava com fome e já eram 17hs da tarde. Me dirigi à uma lanchonete com uma promoção espetacular para desempregados como eu: Salgado e Refresco = R$ 1,50. Não pensei duas vezes. Caminhei até o caixa e pedi a promoção, prontamente fui pagar com uma nota de 20 e ele me disse que não tinha troco! Como assim?? Não tinha troco, é mole? Além de branco, pobre, suburbano e desempregado, agora eu seria faminto também! Comecei a catar moedas por toda a minha mochila e consegui reunir 1,40. Falei que era o que eu tinha de trocado e o filho da puta do caixa não queria me vender!! Como se eu quisesse dar calote de 10 centavos!! Enfim, resolvi ir pra casa sem comer nada. Meu dia ao menos terminou com minha dignidade (esqueçamos a passagem do secador) e meus R$ 21,40 intactos.

quarta-feira, março 16, 2005

Aquele do calor

Quando eu morrer eu quero ir para o céu porque o inferno eu já conheço!


Definitivamente, não é qualquer um que aguenta 30º em plena madrugada como aconteceu aqui no RJ! Que calor insuportável estes dias...

PS: Amanhã eu escrevo direito, agora vou tomar um banho gelado.

domingo, março 13, 2005

Aquele das manias

Cada louco com a sua mania


Às vezes queria ser uma pessoa normal, sabe? Daquelas pessoas que, quando tornam-se tema de conversa, não rendem assunto. Tipo, “Sabe o Leo? Então, ele é gente boa, né?”, daí todos concordavam e a conversa chegava ao fim. Seria muito bom não ser motivo de chacota por um dia, mas este não sou eu. Eu sempre rendo assunto devido algumas manias. Ah, mas quer saber? É bom ter algumas delas, algo que te diferencie de todos. Por que não? Qual a graça de não se ter graça? Quando mais novo eu era considerado o cúmulo da desorganização. Sempre levava bronca por deixar minhas coisas espalhadas, quando acabava de me divertir com meus brinquedos eu os deixava dias jogados pela casa, meus livros eram cheios de orelhas por arremessá-los de qualquer forma dentro da mochila. Coisas deste tipo me perseguiram até a adolescência, foi então que eu namorei uma virginiana. Meu Deus, ela fez milagre! Eu me tornei um “compulsivo” por arrumação, detesto coisas fora do lugar, meus cabides são virados para o mesmo lado no armário, mas somente após dividir minhas camisas entre brancas e coloridas, meus cd’s estão dispostos em pilhas simetricamente alinhadas, tenho milhares de pastas no computador para deixar tudo mais organizado (o que às vezes torna mais difícil localizar alguma coisa, mas eu não ligo) e etc. No momento, eu estou passando pela minha fase de recados. Coloco bilhete em tudo que eu vejo de “errado”. O mais recente foi um bilhete que deixei pendurado no telefone sem fio ao lado do pc, e que dizia assim: “ Favor, após o uso, colocar o telefone no seu devido lugar, ele não saiu da base sozinho.” Aqui em casa só tem bagunceiros, por exemplo, controle remoto é especiaria, se conseguir achar algum no lugar tem que escondê-lo e guardá-lo a 7 chaves para usá-lo mais tarde. E por conta destas coisas, e outras mais, é que eu sou sacaneado. Meus amigos vivem bagunçando minhas coisas só de implicância e, pior ainda, tem vezes que me proibem de arrumar! Medo, muito medo...
Mas sejamos justos, quem não tem mania alguma que atire a primeira pedra! Eu tenho, e a minha é organização (sem extremismos).

quinta-feira, março 10, 2005

Aquele da frase genial

Papo vai, papo vem...


Como eu já disse anteriormente, adoro meu MSN.

Leonardo diz :
ae fiz uma frase só com vogal: "oia eu ae"
Priscila diz :
nossa...vc é um gênio...rs
Leonardo diz :
maneiiiro

Algum tempo depois...

Leonardo diz:
Fiz outra!
Priscila diz:
Outra frase? Qual?
Leonardo diz:
Essa: "oia eu ae, ó!"
Priscila diz:
...

terça-feira, março 08, 2005

Aquele do Dia Internacional da Mulher

Ela é Beatriz, mas poderia ser Maria, Ana, Carolina, Joana, Lígia...


Hoje é o Dia Internacional da Mulher e eu tentei de diversas maneiras escapar da maneira clichê de desejar parabéns à vocês, mulheres, por este dia. Não fui bem sucedido. Mil vezes apaguei e refiz o que havia escrito no word, por isso deixo apenas estes versos de Chico Buarque que consegue, como poucos, descrever em palavras a complexidade feminina. Meus sinceros votos de felicidade e sucesso à todas vocês, lembrando que, sem dúvida, não faria o menor sentido a existência de um homem sem uma mulher ao seu lado.


Beatriz - Chico Buarque e Edu Lobo

Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz

Se ela mora no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que ela é louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva pra sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Aí, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se o arcanjo passar o chapéu

sexta-feira, março 04, 2005

Aquele sobre as cobranças familiares

Família é um troço complicado, não? Sempre cobrando, cobrando, mesmo que inconscientemente.
Se você conhece alguém, perguntam quando irão namorar. Se você namora perguntam quando irão se casar. Se você casa, perguntam quando terão filhos. Parece que não tem fim.
Fico imaginando se, quando eu estiver velhinho, perguntarão quando eu morrerei...

terça-feira, março 01, 2005

Aquele do BBB

Freud explica


Hoje é dia de eliminação no BBB, que agonia! Toda nova edição do BBB é isto, eu juro que não vou assistir, mas não consigo evitar a tv. Como diria Marina Colassanti num dos seus textos: "eu sei que não devia, mas...". Esta história de confinar pessoas totalmente desconhecidas e disponibilizar câmeras para que elas sejam observadas aguça nosso lado voyeur ao extremo. Pelo menos em mim. Bate uma curiosidade inexplicável de assistir o que estas pessoas fazem, tornando o simples ato de lavar de roupa um show à parte.
Na minha opinião, além de instigar a curiosidade das pessoas, o BBB mostra, para todos aqueles que querem ver, comportamentos que não são aceitos em sociedade (sexo, fofocas, intrigas, mentiras e etc), mas que parecem ser permitidos lá dentro por se tratar de um jogo. Parece que a população “releva” o fato de se mentir, chantagear e fazer fofocas a fim de ganhar 1 milhão, mas coitado de quem tenha tal comportamento aqui do lado de fora da casa. Parece uma válvula de escape, sabe? Quem nunca teve vontade de contar uma mentirinha sem ser podado pelas regras da convivência em sociedade? Lá, parece que isto é possível e perdoável. Parece que há uma autorização para que lá, os jogadores possam dar ouvido àquele seu lado perverso latente representando, para parte da sociedade, uma sonhada liberdade sem censuras. Soa um tanto quanto sem sentido, eu concordo, mas Freud deve explicar.
O que nos leva a outra questão, impossível uma pessoa chantagear, mentir, manipular, coagir e etc, dentro de uma casa e sair de lá dizendo que tudo era um personagem de um jogo e que ele é uma pessoa maravilhosa aqui do lado de fora (o cúmulo da cara-de-pau se auto promover desta maneira). Como disse antes, tudo bem que parte (atenção: PARTE) da população acha aceitável este comportamento dentro da casa, mas convenhamos que tal pessoa não criou um personagem com tais características especialmente pra usá-lo lá. Estas “falhas de caráter” já eram constituintes da sua moral e sempre ficaram latentes devido às regras impostas pela sociedade, mas quando entra em um jogo e seu instinto de sobrevivência fala mais alto, ele não mais contém tais “falhas”, até porque ele acaba ficando em uma situação de muita pressão psicológica. Quem me garante que, em situação de pressão aqui fora em disputa, por exemplo, por uma promoção, esta mesma pessoas não possa usar das mesmas táticas que usou, uma vez, dentro do programa? Ninguém. Por isso essa história de “personagem” é balela, historinha pra boi dormir.
A superexposição tem seu lado bom e ruim, cada um faz sua história a fim de atingir o lado bom, mas nem sempre se consegue. Fazer o quê? Já diz o provérbio: “Quem está na chuva é para se molhar”.
E se, quando saiu do programa, não gostou da imagem que adquiriu aqui fora, processe a emissora... Ah sim, ia me esquecendo: Boa sorte com isso!

PS: A idéia deste post surgiu enquanto eu discutia com uma psicóloga e uma amiga, fã da “Tropa” e do “Gê, Gê, Gê...”, o porque de tamanha repercussão do programa BBB.